quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Atenção: Para ler e refletir...

O professor já percebeu que não é mais a única fonte do saber para os estudantes? Esse tem sido um processo traumático para os educadores?
Uma boa escola depende fundamentalmente de contar com gestores e educadores bem preparados, remunerados, motivados e que possuam comprovada competência intelectual, emocional, comunicacional e ética. Sem bons gestores e professores nenhum projeto pedagógico será interessante, inovador. Não há tecnologias avançadas que salvem maus profissionais. São poucos os educadores e gestores pró-ativos, que gostam de aprender e conseguem colocar em prática o que aprendem. Temos muitos profissionais que preferem repetir modelos, obedecer, seguir padrões. Sem pessoas autônomas é muito difícil ter uma escola diferente, mais próxima dos alunos que já nasceram com a internet e o celular. Uma boa escola precisa de professores mediadores, vivos, criativos, experimentadores, presenciais e virtuais. De mestres menos ‘falantes’, mais orientadores. De menos aulas informativas e mais atividades de pesquisa, e experimentação. Desafios e projetos. Uma escola que fomente redes de aprendizagem, entre professores e entre alunos. Onde todos possam aprender com os que estão perto e também longe, conectados. Onde os mais experientes possam ajudar aqueles que têm mais dificuldades. O futuro será aprender em qualquer tempo e lugar, de forma personalizada e, ao mesmo tempo, colaborativa. Teremos flexibilidade curricular e facilidade de estarmos juntos, conectados audiovisualmente.  (http://ead.folhadirigida.com.br/?p=2343)

domingo, 14 de agosto de 2011

História de superação no ensino presencial... por isso que podemos acreditar também no Ensino a Distância (EaD) em Penitenciárias.

12/08/2011 - 08h28

Minha História: Preso que passou em 4º no vestibular relata rotina universitária

INARA CHAYAMITI
DE SÃO PAULO
RESUMO: O preso J. L. está no segundo semestre da graduação em Marketing e dá aulas como monitor no Centro de Progressão Penitenciária de Franco da Rocha, onde cumpre pena em regime semi-aberto.
DEPOIMENTO: Fui condenado a 45 anos de prisão, aos 22. Foi uma época louca da minha vida. Quando novo, fiz muita besteira. Tem um provérbio árabe que diz o seguinte: "um homem tem que ser belo aos 20, forte aos 30, rico aos 40 e sábio aos 50", mas com 20 anos eu quis ser tudo de uma vez só.
Pratiquei assalto à mão armada. Tinha aquela ânsia pelo vil metal e por poder. E o caminho mais curto era esse, mas, buscando tornar o tempo mais curto, o tornei mais longo. Estou preso há 19 anos.
Entrei em 1992. Meu pai já havia morrido. Minha mãe morreu em 1995. Eu vi minha família se deteriorando. Olhei para um lado e para o outro, e vi que estava sozinho, que eu dependia só de mim. Tinha que me apegar a alguma coisa.
Comecei a ler muito. O conhecimento me trouxe prazer. Meu livro favorito é "Agosto", de Rubem Fonseca. Também gosto muito de Mario Puzo, Machado de Assis, Álvares de Azevedo, Camilo Castelo Branco... Mas, o livro que me trouxe mais ensinamento foi a Bíblia.
Antes de ir preso, fiz até o ensino fundamental, mas foi muito fraco, em escola pública. Dentro da prisão, cursei o ensino médio em um grupo de estudos. Agora, faço o segundo semestre de Marketing em uma faculdade particular. Escolhi um curso de curta duração porque meu tempo é curto.
Na faculdade, ninguém sabe que sou preso. Eu não quero me expor porque sou tratado como uma pessoa comum. Eu brinco, a gente troca ideia de uma maneira normal e eu quero conservar isso. Não quero nem ser favorecido, muito menos rejeitado por isso. Cada um tem um ponto de vista, um pode achar "ai, coitado" e outro pode pensar "será que ele vai me roubar?".
Não vejo a necessidade de me expor. A gente está ali para aprender um com o outro. A diferença tem que ser tirada na caneta, nas notas. As minhas, graças a Deus, são boas. Todo mês, eu trago o boletim de presença e de notas, é como se eu tivesse prestando contas para o meu pai e a minha mãe.
O ProUni me ajudou demais, porque eu não ia ter condições de pagar as mensalidades. A faculdade que faço é particular e é uma das melhores. Não vou falar o nome para não fazer merchandising. Mas, como todas as particulares, ela se preocupa muito com número de alunos, por isso, prestar o vestibular foi muito fácil. Fiquei em quarto lugar geral. Já o Enem deu trabalho. Até que para mim não foi tão difícil, pois eu já dava aulas como monitor para outros presos.
Tenho que me virar nos 30, dou aula de todas as matérias: geografia, física, química, matemática, literatura... A minha especialidade é história.
Por isso que é aquela correria. Saio daqui de dentro 5h30 da manhã. Tomo um café e vou pra faculdade. Fico lá até o meio-dia. Como tenho um tempo para voltar, aproveito o laboratório de informática para colocar os trabalhos em dia e para preparar minha aula, que começa às 18h e vai até às 21h. Gosto de trabalhar com isso, pois aprendo ensinando. Tem muitas pessoas inteligentes aqui dentro, que têm um potencial incrível, só que falta objetivo.
Em outubro, faço quatro anos de regime semi-aberto, que ganhei após cumprir 15 anos de fechado. Entre trabalho e escola, tenho aproximadamente quatro anos de remição ganha.
No ano que vem, acredito que entro no direito de regime aberto. Vai ser legal porque será no ano da minha formatura. Termino a graduação em dezembro de 2012. Mas, daqui até lá tenho muita coisa para fazer.
Quando eu sair lógico que vai ser difícil, mas eu estou tornando tudo mais fácil. Não adianta, o preconceito sempre vai existir. Se você desviou daquela linha reta, você está marcado. Eu não tenho que provar nada para ninguém, eu tenho que viver um dia de cada vez fazendo o que é certo.

http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/956862-minha-historia-preso-que-passou-em-4-no-vestibular-relata-rotina-universitaria.shtml

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

EaD: Uma necessidade.

O rompimento das barreiras temporais e geográficas é uma das características marcantes da Educação a Distância (EaD). Com o crescimento da tecnologia, podemos perceber uma significativa mudança de foco existente no ensino.
Ao iniciar um curso distância - Metodologia e Gestão em Educação a Distância pude perceber a força que este curso tem alcançado nos dias atuais.
Atualmente, no Brasil, podemos encontrar uma diversidade de cursos, inclusive os de nível superior, totalmente a distância. A cada dia as faculdades e universidades têm oferecido cursos cada vez mais atrativos por serem de fácil acesso (online, à distancia, etc), através de uma linguagem veloz, com desafios,  fóruns de discussões e com tempo também acessivel ao seu alunado e de preferência, sem sair de casa.
Assim como eu, muitos profissionais necessitam continuar estudando e se capacitando. Entretanto, o trabalho, a família e filhos muitas vezes nos impedem de frequentar (fisicamente) um curso. Dessa forma, a EaD, juntamente com o avanço da tecnologia têm sanado essa necessidade de se atualizar.
Ao realizar um curso a distancia temos como facilidade escolher nosso próprio horário e local de estudo, o que não é possível em cursos presenciais, ou seja, podemos “freqüentar as aulas” no horário de almoço do nosso trabalho, de madrugada e de pijama, próximo aos nossos filhos enquanto eles assistem televisão, em dias de domingo e feriados, etc. E ainda, através da internet, podemos “colher” informações de diversas fontes e não somente do material proposto pelo professor-tutor, ampliando ainda mais o conhecimento em relação ao conteúdo.
Por um outro lado, vemos que na EaD o aluno precisa ter mais motivação e disciplina do que o da modalidade presencial, mas isso é significativamente positivo já que estamos realizando uma curso e queremos ampliar nosso conhecimento. Dessa forma, é necessário que o aluno da EaD leia mais, tenha tempo para os fóruns de discussões e respeite os prazos de entrega de trabalhos e de atividades propostas pelo professor.
Outra questão que podemos pensar é que a inclusão no Brasil é um processo lento que demanda tempo e conscientização das pessoas, inclusive dos governantes e, ao conhecer mais a respeito da EaD podemos refletir e até  repensar nesta, como uma ferramenta acessível para todos, ou seja, de fácil acesso tanto para as pessoas ditas “normais” como para as Pessoas com Deficiência.
Além disso, ao acessar blogs que tratam sobre o tema EaD percebi que mesmo a distância podemos interagir com pessoas de qualquer lugar do país, podemos conhecer a opinião de outrem e mesmo, opinar. Ou seja, interagimos como se estivessemos em uma sala de aula, mas não oralmente. E ainda, podemos aprender muito com o outro e discutir assuntos diversificados. Também percebi que muitos blogs nem sempre estão atualizados, entretanto, alguns outros como o Blog do professor João Mattar é muito interessante acessar e participar já que ele interage e responde os comentários feitos.
Antes mesmo de realizar um curso a distância, nunca pensei nessa modalidade como algo negativo ou de pouca qualidade, pelo contrário, o que tenho experimentado reforça  minha opinião de que a EaD é uma "tipo" de ensino  criativo e tecnologicamente avançado.
Portanto, a EaD é fato crescente e necessário em nossa atualidade já que pode auxiliar e capacitar pessoas com diferentes realidades, sejam elas ditas “normais” ou com deficiência, um trabalhador ou uma mãe que ajuda no sustento da família e têm seus afazeres domésticos ou mesmo, um pai que por qualquer motivo, não têm condições geográficas para ir à escola/faculdade/universidade, etc.
                     
                                                           Regina Sant'Ana Koepp do Nascimento